8.9.04

AO EXPOENTE DA LOUCURA

Dia 7 de Setembro de 2004, pelas 23:00 horas. Bastante movimento, como de costume naquela via a qualquer hora, tempo chuvoso, junto ao Aeroporto de Lisboa. Na faixa central, sentido sul-norte (Benfica-Sacavém), um veículo trava de repente e inicia uma manobra de marcha atrás. Dos condutores que se cruzavam na mesma via, estupefactos, nem se esboçava uma reacção. Limitavam-se a evitar o pior.
O comportamento do condutor, aparência de quarentão, e do seu cúmplice sentado no banco do pendura justificava-se por terem passado a entrada para o estacionamento do bar O Avião. Estariam atrasados para a performance das show girls...
Dia 6 de Setembro de 2004, pelas 13:00 horas. No Prior Velho, um Cliente desta agência farta-se de esperar numa fila de trânsito e inicia uma manobra de inversão de marcha para ir em busca de uma alternativa. Um indivíduo que circulava em contramão apanha-lhe o carro pelo meio, danos de tal ordem que é quase certa uma perda total.
Agosto de 2004, de manhã. Um Cliente desta agência descia a Avenida Alfredo Bensaúde em direcção ao Entreposto, na faixa da esquerda. Um autocarro de passageiros, vindo da faixa mais à direita (e são três), embate-lhe na traseira da viatura e provoca um despiste aparatoso. Com o carro partido ao meio, o nosso Cliente daria entrada nos Cuidados Intensivos de uma unidade hospitalar. Na traseira do autocarro, outro veículo destruído e uma senhora também a caminho do hospital.
São apenas três exemplos da fúria destruidora que se instalou no asfalto de Lisboa, como nos do resto de Portugal. São sinais preocupantes da falta de bom senso generalizada que nos faz ganhar medo de andar na estrada e ameaçam todos os dias a integridade física de uma boa parte da população.
Insistimos por isso nesta tecla tão gasta: por si e pelos outros, controle os seus impulsos e abrande o ritmo do sua estrutura de metal com rodas. Quando os fabricarem em borracha, todos poderemos então acelerar...

Sem comentários: