7.10.04

A RAPINA DA AVE

A TVI noticiou hoje que o Sport Lisboa e Benfica aceitou um milhão de euros que uma companhia de seguros ofereceu para comprar o nome do pavilhão Borges Coutinho. Na prática, o clube da águia abdicou da homenagem a um grande benfiquista em prol de uma negociata de circunstância.
O vergonhoso precedente abre caminho para que se abastardem às claras os valores que deveriam nortear uma instituição do foro desportivo. Por outro lado, o Benfica deixa cair em definitivo o pudor que lhe restava em matéria de respeito pela sua história.
A Açoreana, seguradora cuja sigla ostenta uma ave de rapina, atirou-se aos restos mortais da mística encarnada e aproveitou a ocasião (legítima, do ponto de vista económico) para devorar um pouco da alma do maior clube do país.

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